quinta-feira, 5 de novembro de 2015

PEÇA: FESTEJANDO O NATAL DE JESUS.

Autor: Arith Drummond Borges

(Ouve-se ao longe um grupo de crianças cantando:)

Viva o Natal! Viva o Natal! De Jesus, o bom Senhor, Que veio a este mundo, Ser o nosso Salvador. Viva o Natal de Jesus! Viva o Natal de
Jesus!

(Musica do hino 30 do Cantor Cristão)

MARIO (sentado, lendo, ergue a cabeça e fala:) — Que ouço? Um canto angelical saudando o Natal de Jesus! Ah! Como sou feliz! No meu lar nunca se falou no Natal, ouço as crianças dizerem, no Colégio, que os seus pais fazem festa, que elas visitam os orfanatos, os asilos, que levam presentes... Como gostaria de fazer parte de um grupo de crianças que fazem todas essas coisas...

(Passa um grupo de crianças cantando: "Viva o Natal", etc.

Mario, parado, contempla aquele grupo, depois retrocede, chorando) — Ah! Quanto desejo tenho de fazer parte desse grupo de crianças, mas... sei que não me e possível...
(o grupo se aproxima de Mario e Roberto fala).

ROBERTO — Olá! Mario, que faz por aqui? Você hoje também não vai a aula? Nos não vamos porque temos que preparar os festejos do Natal. Queremos que ele seja bem alegre este ano!

SILVIO (dirigindo-se a Roberto) — Vamos deixar de muita conversa, "senhor" Roberto, daqui a pouco o Mario começa a dizer a toda gente o que pretendemos fazer!

ALVARO — Oh! Silvio deixe de ser tão indelicado, você não deve dizer isto do Mario!

ROBERTO (falando com severidade) — Silvio, Mario e muito meu amigo e, mesmo que o hão fosse, eu o trataria como estou tratando. Você esta esquecido do que aprendemos ha poucos domingos na Escola Bíblica Dominical? Vou repetir alguns versos, e você se recordará: "Amaras o teu próximo como a ti mesmo." "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei." "Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos maltratam."

ALVARO (interrompendo) — Imagine ainda mais que nos estamos preparando para celebrai' o aniversário daquele que nos mandou fazer todas estas coisas! Nem sei como você pode esquecer tão belas lições, Silvio!

MARIO (falando com ternura) — Não importa; sei que o Silvio fez isto impensadamente; ele tem bom coração!

SILVIO (abraçando Mario) — E verdade, Mario, você, sempre bondoso; -apesar de não ter as oportunidades que temos, demonstra boa educação e bons sentimentos!

ROBERTO (dirigindo-se a Mario) — Eu o vi aqui sozinho, Mario, e vim convida-lo para ir conosco ate lá em casa, ajudar-nos a preparar a árvore de Natal.

MARIO — Ah! Roberto, é muita honra para mim, eu sou tão pobre e quase nada sei a respeito dos festejos de Natal, nem mesmo sei direito a historia do Natal! Sempre tive desejo de saber, mas nunca achei quem me pudesse contar...

ALVARO (aproximando-se de Roberto) — Desculpem-me interrompê-los, Roberto, mas vou pedir-lhes licença para eu e o Silvio nos retirarmos. Vamos levar algumas coisas para casa, enquanto você conversa com o Mario, esta bem?

ROBERTO — Está bem, Álvaro, vocês vão na frente, daqui a pouco eu irei com o Mario.

SILVIO (aproxima-se de Mario e bate-lhe levemente nas costas) — Mario, desculpe a minha indelicadeza, aprendi uma boa lição!

MARIO — Nada há a desculpar, Silvio, tudo já passou, somos agora bons amigos!

SILVIO — Muito agradecido, Mario.

ALVARO E SILVIO (dirigindo-se para os dois companheiros) — Então, até já. (Saem cantando:) Viva o Natal!

ROBERTO (virando-se para Mario) — É verdade, Mario, o que você disse ha pouco? Nunca ouviu contar a bela historia do Natal?

MARIO (com voz de choro) — Não, os meus pais não creem em Deus e, todas as vezes que lhes faço alguma pergunta sobre o Natal de Jesus, só falta eles me baterem; dizem uma porção de palavras feias e me prometem pancada se souberem que eu pedi a alguém para contar-me alguma coisa a respeito de Jesus.

ROBERTO — Pois bem, Mario, vou contar-lhe, em poucas palavras, a encantadora historia de Jesus. Há muitos e muitos séculos passados, depois que Adão e Eva pecaram e foram expulsos do Jardim do Éden,
Deus prometeu mandar alguém para levantar o homem daquela queda. Depois disso, muitos homens, chamados profetas, profetizaram a vinda de Jesus. Um deles foi o grande profeta Isaias. Vou repetir algumas das suas palavras: "Porque um menino nos nasceu e um filho se nos deu; e o principado esta sobre os seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz!"

MARIO (interrompendo) — Quantos nomes, e cada qual mais lindo do que o outro! Que coisa interessante!

ROBERTO — Ele ainda tem outros nomes tantos, mas isto depois você aprendera. Vou continuar a historia porque temos que trabalhar muito ainda hoje. Para encurtar: muito tempo se passou depois daquelas profecias. E lá, num belo dia, na humilde manjedoura de Belém, entre as palhas frias, veio a Criança Salvadora da humanidade. Era noite. Toda a cidade de Belém estava em completo silencio! Os pastores nos campos dormitavam, enquanto guardavam os seus rebanhos. De súbito foram despertados por uma forte luz e por um cântico celestial entoado pelos anjos: "Gloria a Deus nas alturas, paz na terra e boa vontade para com os homens." Os pastores ficaram mui atemorizados com aquela linda visão. Então o anjo do Senhor chegou perto deles e disse: "Não precisam ter medo; porque eu venho trazer-lhes uma nova que igual jamais vocês ouviram. Hoje na pequena cidade de Belém nasceu Jesus Cristo, o Salvador da humanidade." Então o anjo ensinou-lhes como irem a Belém. Os pastores, pressurosos, partiram em direção ao lugar indicado pelo anjo e, lá" chegando, viram que realmente Jesus houvera nascido. Quanta alegria sentiram nos seus corações quando ajoelharam-se aos pés de Jesus para adora-lo! Voltaram então para o campo cheios de esperança porque o Salvador já havia nascido.

MARIO — Mas Jesus foi Salvador só do povo daquele tempo, Roberto?

ROBERTO — Não, Mario, ouça este verso das Sagradas Escrituras: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna"! Todos nos estamos incluídos na palavra "Mundo". Jesus morreu para salvar "todo aquele que nele crê", portanto, todos os que creem em Jesus serão salvos.

MARIO — Ora, veja, como é que os meus pais nada falam desse Jesus?...

ROBERTO — E a historia dele não parou por aqui, Mario. Jesus cresceu, foi batizado no rio Jordão com 30 anos de idade; três anos ele andou pela Palestina, fazendo o bem: pregando, curando os enfermos do corpo e do espírito, ressuscitando os mortos, ensinando, etc. Depois foi traído por Judas e crucificado pelos seus inimigos. La sobre a cruz, Jesus levou todos os nossos pecados. Quem deveria sofrer na cruz éramos nos, mas Jesus tomou sobre si todas as nossas culpas e hoje, para salvar-nos, basta apenas aceitá-lo como nosso Salvador.

MARIO — Você já o aceitou, Roberto?

ROBERTO — Sim, Mario, já! Ha dois anos que conheci esta bela historia. Amei muito a este meu Salvador e, cada vez que conto a sua historia, amo-o ainda mais! Todos nós devemos amá-lo de todo o nosso coração.

MARIO — Mas, Roberto, fico pensando, se eu amar este Salvador, os meus pais me abandonarão...

ROBERTO — Oh! Mario! Jesus disse que se alguém amar o pai ou a mãe mais do que a ele não é digno dele. Quem sabe se você, seguindo a Jesus, não poderá levar os seus pais a ama-lo também?

MARIO — É verdade, Roberto, quem sabe se eu, aceitando este Jesus, poderei tornar o meu lar feliz?

ROBERTO — Mario, foi assim que o meu lar se tornou feliz. Eu conheci Jesus e levei meus pais a conhecê-lo também. Vou dizer-lhe uma coisa: Amanha você celebrara o Natal comigo, mas tenho a certeza de que para o ano, o Natal que vêm, você o celebrara em sua própria casa. Vamos trabalhar para levar os seus queridos pais a conhecerem Jesus e a aceitá-lo como Salvador !

MARIO — Que doce esperança, Roberto! Bendito Natal de Jesus! Só assim eu o pude conhecer e receber inspiração e coragem para fazer outros conhecê-lo também!


ROBERTO — Bem, Mario, agora, mãos a obra! Sempre confiantes em Jesus, venceremos todas as dificuldades e conseguiremos vitorias que aos nossos olhos parecem inatingíveis! Vamos sair depressa porque Silvio e Álvaro já devem estar cansados de nos esperar!

Fonte: Livro Florilégio Cristão.

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