sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Dia da Bíblia: A Bíblia e Sua Influência Poderosa.

Aparece, em um canto do cenário, uma moça com vestes compridas e uma faixa, onde se lê: "A Bíblia", e ainda com uma Bíblia em suas mãos. À sua frente, e juntas, aparecem quatro moças com vestes compridas também e com faixas com suas respectivas inscrições. Elas representam em sua ordem: a nação, a escola, o lar e a igreja.)

A NAÇÃO — Vedes este livro? É a Bíblia. O livro mais maravilhoso, mais útil, mais conhecido. Eu represento a Nação e tenho uma palavra de agradecimento à Bíblia, porque este livro tem exercido salutar e benéfica influencia em minha vida e em minha história. Tenho muitos inimigos, todos eles hipócritas, que pretendem fazer-me bem, quando somente males me causam; seus nomes vós os conheceis, pois que vos perseguem também. São eles o maldito licor, a prostituição, os jogos de azar e outros mais; mas conto entre meus melhores amigos a Bíblia, porque ela é uma conselheira insuperável. Aponta-me um caminho digno a seguir e me apresenta uma base firme, sobre a qual eu possa levantar o edifício de minha história. Diz-me que a justiça me engrandece mais do que o pecado me afronta. E assim é. Eu vejo em minhas irmãs as demais nações. Os Estados Unidos são uma nação grande e prospera porque seus alicerces estão na Bíblia.
Como eu quero ser grande também, vou incentivar a circulação da Bíblia, estimular sua leitura e vou reger minha vida segundo seus princípios. E por vós, que tem feito este Livro?

A ESCOLA — Sim. Eu represento a Escola. Por mim passam todas as gerações, os futuros cidadãos e pais de família. Graças à influencia deste livro, as escolas públicas tiveram sua origem na Alemanha no século XVI. A Bíblia contém o mais alto e enobrecedor ensinamento. Ela me ajuda a forjar o bom caráter na juventude; também é para mim uma muralha de defesa contra os ensinos do ceticismo, do materialismo e do racionalismo. Nela aprendi que o principio da sabedoria é o temor a Deus.

O LAR — Pois, amigas minhas, eu sou o Lar, e não posso ficar atrás. Tenho também, como vós, uma palavra. Os lares constituem a armação óssea no organismo de toda nação. Devo muito a este livro. O bem que em mim existe, ele é que me tem proporcionado. Leio suas paginas benditas diariamente. Minha vida moral está muito ameaçada, mas neste livro encontro força e refrigério. Os melhores lares são aqueles que não se apartam de suas sabias instruções. "Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele."

A IGREJA — Chegou a minha vez. Eu sou a Igreja, e, talvez, mais que vós, tenho que agradecer à Bíblia, porque em grande parte devo a ela a minha existência. Desempenho uma missão divina no mundo, e sou a luz inextinguível de Deus na terra, mas devo todas as minhas vitórias a este Livro. Quando me oriento estritamente por ele, a vitoria me sorri; quando, como em alguns períodos tristes de minha historia, me desvio de seus ensinos, o fracasso me abate. Toda a minha seiva, a tiro dali; ela é para mim um manancial de vida e espada invencível do Espírito. Eu a guardo em meu seio como a herança mais preciosa e o mais rico tesouro. Com ela irei sempre, de luta em luta, até a consumação dos séculos.

A BIBLIA — Tenho-vos escutado com a máxima atenção e com apurado interesse. Agradeço vossas palavras. Mas desejo vos dizer que toda essa grandeza, essa influencia e esse poder não são meus. Devo-os a Cristo, o Filho de Deus, porque é ele o centro de minha mensagem, o coração que me da vida. Sem ele, eu seria um livro como outro qualquer. Minha missão é proclamar Seu nome. Meu objetivo, manifestar sua glória. Minha ambição, que todos os homens cheguem a conhecê-lo como seu Salvador. Sim, e como o tendes reconhecido, eu sou a Bíblia. Eu abro as minhas paginas de ouro aos que me buscam. Para todos tenho uma mensagem de amor. Se estiverdes tristes, em mim achareis alegria; se estiverdes sedentos, eu dou a água da vida; se estiverdes famintos, eu vos regalo com pão substancioso.
Eu venho de um lugar: o céu; vivo em um mundo: a terra; proclamo uma mensagem: o evangelho; apelo a um ser: o homem; glorifico o meu autor: Deus. O segredo de minha grandeza, o centro de minhas palavras e o selo de minha vitoria é Jesus.
Eu sou a luz: quero guiar-vos; eu sou a verdade: quero instruir-vos; eu sou a vida: quero salvar-vos.
Eu sou a carta do viajante, a estrela do navegante, a espada do soldado e a arma invencível do cristão.
Lede minhas palavras, pregai minhas mensagens, amai meus ensinos, obedecei aos meus mandamentos e vivei meus preceitos.
Minhas vitorias e tudo mais deponho humildemente aos pés de Jesus Cristo.

(Então, a Nação, a Escola, o Lar e a Igreja cantam o hino "Minha Bíblia". Enquanto cantam, a Bíblia se retira.)

Livro: Florilégio Cristão.
Appleby, Rosalee Mils, Florilégio cristão. 18a edição. Rio de Janeiro, Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1987. 303 p.


Peça Para Evangelismo: Salva Para Servir

Adapt. de R. M. R.

(Colocar sobre o palco: uma cadeira, uma cesta de papeis, uma mesa pequena com um vaso de flores, onde não estorve a vista do auditório, e umas plantas e palmas ao fundo do palco.)

PERSONAGENS:
Maria e Eunice, moças em trajes costumeiros.
Riqueza — Moça ou senhora, vestida ostentosamente, muito enfeitada de jóias e levando um saco em que esta escrita a palavra "Ouro"; dentro deste, alguma coisa que de a idéia de estar cheio de dinheiro. Deve ter faixa a tiracolo, com a palavra "Riqueza" em letras grandes.
Tempo — Uma senhora vestida de capa comprida de cor cinzenta clara, com uma tira atravessando diagonalmente o corpo, do ombro direito ate a cintura do lado esquerdo, em que esteja escrita a palavra
"Tempo". Três rolos compridos ou tubos de papelão, marcados, respectivamente, "Futuro", "Passado" e "Presente", devem ser preparados para representar os "telescópios" (aparelho com que se observa objetos
distantes).
Beleza — Uma jovem vestida na moda com certo exagero e vaidade, tendo uma faixa em diagonal, onde
esta escrita a palavra "Beleza".
Prazer — Uma jovem vestida muito na moda, de aspecto jovial e brincalhão. Terá uma faixa a tiracolo, com a palavra "Prazer".
Serviço — Uma senhora ou moça, com vestes brancas até ao chão, presas a cintura por um cordão branco. No peito colocara uma tira, aplicada diagonalmente, em que esteja escrita a palavra "Serviço".

Rute, Ester, Lídia, Dorcas, Ana de Ava e Noemi Campelo — Podem ser representadas por moças e senhoras que levam apenas uma placa, visível ao auditório, com o nome da personagem que representam, ou
poderá vestir-se cada uma de acordo com o nome que assumiu. Rute poderia levar um molho de trigo, Ester teria a cabeça uma coroa, Dorcas levaria uma agulha na mão, e assim, por diante, conforme se achar bem.

Indiozinhos — Crianças, tendo todas um cordel em torno da cabeça e que serviria para prender uma pena de galinha atrás. Seria preferível se todos se vestissem de modo idêntico, de caqui, por exemplo.

Portugueses — Crianças com blusas vermelhas e saias ou calças verdes. Ou então, todas de branco com duas faixas diagonais, vindo uma de cada ombro, uma vermelha e outra verde. São estas as duas cores da
bandeira portuguesa.

Bolivianos — Crianças com blusas amarelas e saias ou calças verdes com uma faixa vermelha. Ou então todas de branco, com faixas nas cores verde, amarelo e vermelho (faixa tricolor), que são as da bandeira
boliviana.
(Entra Maria e atira-se a uma cadeira com ar de cansaço.)

MARIA (monologando) — Como estou cansada! A reunião das moças sempre me enfada. Aquele programa sobre o Serviço não me agradou. Não somos velhas ainda — a mocidade tem que gozar a vida um pouco. A-a-a-a (bocejando), como estou com sono! (dorme).

Faz-se ouvir a musica do hino 325 do Cantor Cristão , apenas a primeira estrofe, tocada suavemente pela organista, e iniciado antes que Maria acabe de falar. Mal acaba o hino, começa Riqueza a falar.

(Entra Riqueza, levando um saco, marcando Ouro. Aproxima-se de Maria, que se levanta e olha confusamente para Riqueza.)

RIQUEZA (oferecendo o saco de ouro) — Eis que te trago, aqui dentro deste saco cheio de ouro, gozo e felicidade incontáveis. Meu nome e Riqueza e posso te dar alegria todos os dias. O dinheiro e a chave mágica que abre as portas ao verdadeiro gozo.

MARIA (aceita o saco, olha-o com um sorriso e diz:) — Imaginem o que isso comprara — roupas, jóias, viagens, automóvel, casa. Isso só pode trazer-me a maior das bem-aventuranças.

TEMPO (entra enquanto Maria esta falando e toca-lhe no ombro por trás. Maria vira-se, espantada) — Faze a tua escolha com prudência. Eu sou o Tempo. Considera a mim e o que os anos te trarão. As dádivas da
riqueza são bastante sublimes para durar sempre? Olha aqui por este telescópio e vê o Futuro. (Tempo entrega o telescópio marcado Futuro a Maria, que olha por ele para o lado esquerdo, enquanto se ouve a musica do hino 259 Cantor Cristão , uma estrofe.)

MARIA (Poe o telescópio na mesa e espera, cabisbaixa, o fim da musica) — Vejo que o dinheiro não pode comprar as coisas que satisfazem. O Futuro revela que não ha gozo permanente no dinheiro (e entrega o saco de ouro a Riqueza, que sai tristemente, enquanto Beleza entra pelo outro lado do palco).

MARIA — Quem vem entrando aqui? Oh! e a Beleza!

BELEZA (Entra, olhando-se num pequeno espelho e pondo pó de arroz. Em seguida, estende as mãos para Maria e diz:) — Trago-te aqui o dom da beleza, que e a fonte de imensa felicidade.

MARIA (sorrindo e dando um passo para Beleza) — Disto e que preciso. (Sente neste momento a Mão do Tempo sobre o seu ombro e para, hesitante.)

TEMPO (colocando o telescópio do Futuro diante dos olhos de Maria) — Cuidado, não te esqueças de que os anos podem trazer-te o arrependimento, se escolheres a Beleza como teu padrão.
(Maria olha pelo telescópio e a musica continua com o coro do hino 259).

MARIA (tristemente) — Vejo que a beleza passa e, que e que fica? Desejo uma coisa que me proporcione gozo permanente.
(Sai Beleza, e Maria olha para o outro lado do palco, por onde entra Prazer, com um copo de vinho em uma das mãos.)

MARIA — Ah! e Prazer que vem agora!

PRAZER (fala com muita vivacidade) — Venho oferecer mil alegrias, risos, danças, folguedos. "Comamos e bebamos, que amanha morreremos."

MARIA — E isso que sempre disse. A mocidade deve brincar e gozar.
(Tempo aplica o telescópio do Futuro aos olhos de Maria)

TEMPO — Devagar, se prudente. Os folguedos limparão os olhos das tristezas da vida e darão gozo real por todos os anos? (A musica toca o coro do hino 259.)

MARIA — Ah!... Sinto-me velha e sozinha, cansada do prazer. Desejo uma coisa que perdure.
(Prazer sai e Serviço entra pelo outro lado.)

SERVIÇO (com os braços estendidos para Maria) — Não trago dádiva de prazer ou de riqueza, apenas dum espírito puro e bondoso, que vive para os outros e procura imitar Cristo em tudo. "Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos."

MARIA (virando-se para o Tempo) — Pode mostrar-me alguém no passado que já experimentou a vida de serviço e achou o caminho de verdadeira satisfação? Quero as provas.
(Começa a musica do hino 300 do Cantor Cristão e Tempo apanha o telescópio marcado Passado e coloca-o diante dos olhos de Maria.

Fazendo-a voltar o rosto para à direita, aponta para a porta, por onde entram, uma por uma, Rute, Ester, Lídia, Dorcas, Ana de Ava e Noemi Campeio, com o espaço de mais ou menos dois metros entre cada uma. Atravessam o palco devagar e desaparecem do outro lado.)

MARIA — Vejo Rute, que abandonou o lar paterno, a pátria, a religião da infância, para servir a Noemi; Ester, que se pôs em perigo de vida para ser útil ao seu povo; Lídia, a negociante de púrpura, que abriu a
sua casa e seu coração ao evangelho; Dorcas, que consagrou sua agulha as necessidades das viúvas e órfãos; Ana de Ava, que tão jovem deixou casa e pátria, para compartilhar com os labores missionários do
esposo. Noemi Campeio, primeira mártir das Missões Nacionais nas selvas da nossa Pátria. Será que ainda hoje se precisa de serviço como no passado?
(Cada personagem deve iniciar sua travessia do palco somente quando Maria pronunciar o seu nome. A musica continua baixinho durante todo o tempo que estiverem passando.)

TEMPO (colocando a vista de Maria o telescópio marcado Presente) — Com isso vê se pode apanhar uma visão das condições de hoje.
(Ouve-se a musica do hino 30 de Cânticos para Crianças , e, pela ala do salão, vem para o palco um grupo de crianças representando os índios. Cantam a 1ª estrofe e o coro, ajoelham-se e estendem os braços para Maria durante o cântico do coro. Ficam de pé e agrupam-se a um lado do palco. A musica continua e vem para o palco outro grupo de crianças, representando Portugal, que canta a 2a estrofe; também ajoelham-se e estendem os braços para Maria durante o cântico do coro. Em seguida, ficam de pé e agrupam-se a um lado do palco. A musica continua. Entram as crianças representando a Bolívia, que cantam a 3ª estrofe e o coro. Ajoelham-se estendendo os braços para Maria e depois se juntam as outras crianças, ao lado do palco.)

MARIA (estendendo os braços para Serviço) — Deixa o teu espírito encher-me o coração, pois desejo ir aos campos necessitados e fazer a minha parte em salvar os perdidos.

SERVIÇO — Muitas são as oportunidades para servir. Não são apenas os índios e os portugueses que reclamam os dons das mocas. De toda parte vem as chamadas para professoras, enfermeiras, trabalhadoras e obreiras das igrejas. "Salva para servir" deve ser a divisa de toda moca crista. O serviço e o caminho da felicidade, e o meio de garantir o gozo permanente. Viver pelos outros e a maneira de atingir a verdadeira satisfação.

MARIA — Vejo agora que e a vida de serviço que estou procurando. Nem riqueza, nem prazer, nem formosura me tentam mais. Em nome de Jesus, alegremente servirei naquilo que me for possível. "Eis-me aqui, Senhor, envia-me a mim."
(Senta-se, e a musica começa a tocar o hino 295. Os que estão no palco saem, cantando as palavras em voz baixa. Maria fica na cadeira, como se estivesse dormindo. Entra Eunice apressadamente, com um exemplar de O Jornal Batista nas mãos, e para, ao ver Maria.)

EUNICE — Maria! (Maria acorda) Você esta dormindo? Acorde! Quero falar-lhe.
MARIA — Ah! sim! Estava tão cansada que dormi e tive um sonho tão belo! Não lho posso contar agora; um dia vou dizer-lhe tudo. Este sonho, porem, me deu a idéia de que queria servir a causa de algum modo especial.

EUNICE — E justamente sobre este assunto que lhe quero falar. Ha bastante tempo que me senti chamada para o serviço e não sabia como me preparar, mas aqui em O Jornal Batista esta explicado. (Abre o Jornal e olha para ele como se estivesse lendo um artigo) Aqui diz que as moças batistas que desejam ser obreiras na Causa devem entender-se com o Seminário de Educadoras Cristas, no Recife, ou com o Instituto
Batista de Educação Religiosa, no Rio de Janeiro, conforme for mais perto e conveniente e investigar as condições de entrada. Isto eu vou fazer, pois quero preparar-me o quanto antes para o serviço.

MARIA - Eu também. Vamos já conversar com o Pastor e consultar a sua opinião sobre a nossa ida ao Colégio.

EUNICE — Salva para servir! E a Bíblia nos diz: "Os que forém sábios resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos induzirem a justiça, como as estrelas sempre e eternamente."

(Saem, enquanto a musica toca o hino 410 do Cantor Cristão .)

Fonte: APPLEBY, Rosalee M. Florilégio Cristão. JUERPE, 18ª Edição.

domingo, 17 de novembro de 2013

Peça: O Diálogo Dos Pastores.

 
PASTOR - entra cantando :
Numa estrebaria rude
Da cidade de Belém,
Onde as gentes não pensavam
Encontrar o Sumo-Bem,
Foi que a Virgem deu à luz
O menino, que é Jesus.
 
PASTORA: Donde vens tu, pastorzinho, Tão alegre, tão feliz?
 
PASTOR: Venho de ouvir no caminho Um coro santo, que diz Ter nascido o Salvador, Pelo divino favor, Num presepe de Belém. Vem tu, pastora, também, Ver o menino Jesus, Banhado de pura luz.
 
PASTORA: Num presepe da estalagem? Mas que misera equipagem Do Messias de Israel!
 
PASTOR: Sim. Cavalos e tropel São pra reis do mundo só. Deus lembrou que somos pó, Em toda a nossa vaidade, E veio, com humildade, Pousar numa manjedoura. Veio como rei, pastora, Mas rei d’alma e coração, Numa nova criação.
 
PASTORA: Não percebo, não concebo Esse Rei maravilhoso! É incrível, impossível Pensamento mais formoso.
 
PASTOR: Sem demora, vem, pastora, Vamos ver o Sumo Bem. Na loucanda miseranda No presepe de Belém. Vamos vê-lo, conhecê-lo, Adorá-lo muito ao pé; No futuro, te asseguro, Fa-lo-emos pela fé.
 
PASTORA: Pois vamos, alegres, Cantemos a gloria Do Rei da vitoria, Do Príncipe da paz!
 
PASTOR: Pois vamos, alegres, Louvar o Menino, Que é Mestre divino Que a benção nos traz.
 
Cantam Juntos:
Era Deus, Senhor de tudo,
Mas o mundo o viu nascer;
Foi seu berço a manjedoura,
Vida humana quis viver;
Eis a quanto se humilhou
No caminho que trilhou!
 
Desejamos tributar-lhe
Gratidão e todo o amor,
Pois, tristezas, dor e morte,
Que sofreu o Redentor,
Foi por nós, por compaixão,
Para dar-nos salvação
 
Fonte: Livro Florilégio Cristão.
 
 

sábado, 16 de novembro de 2013

Peça: As Belemitas


 Cenário: poço, baldes e jarros.
 Entram a 1ª e 2ª belemitas e começam a conversar à beira do poço.

1ª BELEMITA — Você já reparou que rebuliço vai lá por Belém? A vovó disse que nunca viu a cidade tão cheia. É tanta cara desconhecida! Para que tudo isto? Será que vai haver festa?

2ª BEL. — Você não sabe?! O imperador mandou que todos se alistassem, e cada um em sua própria cidade. E assim todos os belemitas voltam a Belém a fim de obedecer à palavra do imperador.

1ª BEL. — Mas é um horror! Não há mais lugar para ninguém. As hospedarias estão cheias. As casas de família já não tem lugar para abrigar o povo. Tomara já se passarem estes dias e voltarmos ao sossego da nossa calma Belém.

3ª BEL. (chegando) — Oh! vocês vieram primeiro do que eu, hein?! Mas lhes conto por que me atrasei. Quando saia de casa, passava um casal ainda à procura de hospedagem. Ela, moça e bonita. Ele, já um tanto envelhecido. Tive tanta pena deles! Não acharam lugar onde pousar. Diz-se que se hospedaram numa estrebaria. Se lá em casa não estivesse tão cheio!...

1ª BEL. — Pois é. Agora mesmo estávamos comentando, isto. Nunca se viu tanta gente assim em Belém. É um burburinho, uma barulhada! Tomara que esse povo já vá embora.

3ª BEL. — Ah! pois eu gosto desta agitação! A vida em Belém tem sido calma demais. Queria que houvesse lugar para abrigar todos que vieram, para aquele pobre casal não ter de ficar numa estrebaria.
Como tenho pensado neles!

2ª BEL. — Eu também gosto. Há mais alegria. E se encontram pessoas tão boas. Esse casal de quem você fala está hospedado naquela estrebaria perto de sua casa?

3ª BEL. — Esta, sim. Coitados!

2ª BEL. — Vamos visitá-los?

3ª BEL. — Vamos, sim. Eles parecem ser tão bons! Ela tem um par de olhos meigos e um sorriso tão puro! Parece uma pessoa muito boa.

1ª BEL. — Eu também quero ir com vocês, posso?

2ª BEL. — Pode, sim. Mas vamos embora, que esta ficando tarde, e os pastores não tardam para dar de beber aos rebanhos.

(Pode-se apresentar aqui a cena dos pastores)

Entra a 1ª Belemita.


1ª BEL. — Que! Sou a primeira a chegar hoje? Onde estão as minhas companheiras?

4ª BEL. (entrando) — Olá, como vai? Há quanto tempo não nos vemos! Onde tem andado? E as outras, já se foram?

1ª BEL. — E verdade! Eu vou bem. Mas você é quem anda sumida. Da ultima vez que aqui estivemos, você não veio.

2ª e 3ª BEL. (entrando apressadas e procurando encher os cântaros) — Oh! vocês ainda por aqui?!

4ª BEL. — É verdade! E sentindo falta de vocês. Por que estão assim tão apressadas?

3ª BEL. — Então vocês não sabem? Ainda não ouviram falar do menino que nasceu na manjedoura?!

1ª BEL. — Ora, e você esta assim tão impressionada com um acontecimento tão sem importância?

2ª BEL. — Sem importância? É porque você não ouviu o que os pastores contaram, minha amiga. Esse menino é o Filho de Deus, aquele de quem os profetas falaram. É chegado o tempo!

1ª BEL. (com interesse) — Que foi?! Que foi que os pastores disseram? Que contaram eles?

2ª BEL. — Os pastores disseram que, enquanto guardavam os rebanhos durante as vigílias da noite, apareceu "o anjo do Senhor, que veio sobre eles, e a gloria do Senhor os cercou de resplendor e tiveram grande temor. Mas o anjo lhes disse: Não temais, porque aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo. Pois na cidade de Davi, vos nasceu o Salvador, que e Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Gloria a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens."

BEL. — Que coisa interessante! Em Belém vir nascer o Filho de Deus?

2ª BEL. — Não é de admirar; cumpre-se a profecia: "E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade."

4ª BEL. — E depois, que fizeram os pastores?

3ª BEL. — "E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém e vejamos isso que aconteceu e que o Senhor nos fez saber. E foram apressadamente e acharam Maria, José e o menino deitado na manjedoura." E a estrela?! Dizem que no céu refulgiu uma estrela, cujo brilho jamais foi visto tão intenso e lindo! Jesus nasceu! Agora haverá paz no coração da humanidade!

1ª BEL. — E vocês já viram o menino?

2ª BEL. — Vimos, sim. Fomos até Lá e encontramos a criancinha enrolada em panos e deitada na manjedoura. Nós a adoramos! Como somos felizes!

5ª BEL. (entra cantarolando "Nasceu Jesus!) — Oh! amigas, como folgo encontrá-las ainda aqui! Estarão tão felizes e alegres quanto eu? Se vissem o que acabo de ver!...

1ª BEL. — Que foi? Que foi?

3ª BEL. — O menino da manjedoura?

5ª BEL. — Foi, sim!

2ª e 3ª BEL. — Nós o vimos também!

5ª BEL. — E os sábios?

AS QUATRO — Os sábios?

5ª BEL. — Sim, os sábios que vieram do Oriente adorar o menino. Que vestimenta bonita trajavam eles! Disseram que há muito esperavam o cumprimento da profecia e assim que viram a estrela vieram adorar o Filho de Deus. Ajoelharam-se e ofereceram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra.

BEL. — Mas, que significa dar ao menino nascido, ouro, incenso e mirra?

5ª BEL. — Dizem que o ouro é símbolo do poder é o reconhecimento de que é verdadeiramente o Filho de Deus, o Rei Todo-poderoso. E a profecia dando os nomes o indica: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." Ofereceram o incenso porque o reconheceram como Deus, pois assim é que o honram, ao Senhor, conforme o próprio Deus ordenou: "Quando alguma pessoa oferecer ofertas de manjares ao Senhor, a sua oferta será de flor de farinha e nela deitara azeite e porá o incenso sobre ela. E trará aos sacerdotes, um dos quais tomara dela um punhado de flor de farinha, e do seu azeite, com todo o seu incenso; e o sacerdote queimara este memorial sobre o altar; oferta queimada e de cheiro suave ao Senhor." E a mirra, como reconhecendo nele o Homem que há de morrer para salvar a humanidade. "Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelos nossos pecados; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados... E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte."
Como somos felizes! "E o seu nome será Jesus, porque ele salvara o seu povo dos seus pecados." Que felicidade!

5ª e 3ª BEL. — Vamos vê-lo?

5ª BEL. — Vamos, sim, vamos adorá-lo!

BEL. — Vamos adorar Jesus, nosso Salvador!

2ª BEL. — Vamos dar-lhe, neste dia, a nossa vida, o nosso amor!
 
TODAS — Vamos depressa!
(Saem pela lateral. Em seguida entram as belemitas e os pastores, que formarão o presépio, para cantar o hino Noite de Paz).
 

 Fonte: Livro Florilégio Cristão da editora JUERP, 18ª Edição.