quinta-feira, 5 de novembro de 2015

PEÇA: DIÁLOGO DAS PASTORAS

AUTOR: Jonathas Braga

(Podem ser usados trajes característicos.)

A PRIMEIRA
É mesmo certo que foi neste dia que, numa pobre e humilde estrebaria, nasceu o prometido Rei da Gloria, cujo nome é grandioso em toda a Historia?

A SEGUNDA
Falas-me, com certeza, do Messias predito desde as velhas profecias...

A PRIMEIRA
Sim, de Jesus...

A SEGUNDA
As tradições antigas nos falam desse nome sem intrigas; a própria História no-lo aponta, os velhos gostam de repeti-lo, e os Evangelhos, que são as inspiradas Escrituras, é o código de todas as criaturas, nos contam muitas coisas a respeito desse que era divino, ente perfeito.

A PRIMEIRA
Mas todos esses velhos manuscritos devem conter também lendas e mitos, como outrora os da Grécia e os da Caldeia, como os de Roma e mesmo os da Judeia. Menciona a Historia tradições e lendas, alegorias, contos e legendas, e, sob mil hipóteses, julgamos muita coisa que nunca contemplamos.

A SEGUNDA
Pode ser mito o tribunal de Eleusis, podem ser mitos gnomos, reis e deuses, que enchem toda a pagã literatura, mas é verdade tudo que a Escritura nos revela a propósito de Cristo, o homem perfeito, o Salvador previsto, desde os tempos remotos dos profetas, dos patriarcas, dos juízes e dos poetas! Prometeu-nos Deus quando, em pecado, Adão, no Éden, havia-se abismado. Porque disse o Senhor: "Tu, mulher, hás de esmagar o crânio da serpente, e de ti se levantara, no mundo, Salvador altíssimo, profundo."

A PRIMEIRA:
E se cumpriu à risca a profecia?

A SEGUNDA:
A Palavra de Deus não falha.

A PRIMEIRA
Então, fala-me um pouco acerca disto, desse perfeito e poderoso Cristo, pois quero conhecê-lo, a fim de amá-lo e saber o que fez, para adorá-lo!

A SEGUNDA
Foi no tempo em que Augusto dominava sobre Roma. Esse império se alongava até a Palestina e pelo Oriente, levando-lhes a fama do Ocidente.
O mundo estava em paz, e o soberano, vendo fechados os portões do Jano, um censo decretara certo dia, para saber o povo que existia nos seus domínios vastos e importantes.
De todas as comarcas mais distantes partiram os romeiros a alistar-se. Era preciso tudo preparar-se para as longas jornadas.
Na Judeia, todo o povo seguiu a mesma ideia e de todos os cantos acorria para a cidade santa em romaria.
Ora, em Belém-Efrata, a pequenina cidade onde brilhou a luz divina, não havia lugar para toda a gente que a buscava, cumprindo a lei vigente, e, por isso, um casal de forasteiros, que haviam sido, ao certo, os derradeiros, depois de perlustrar durante o dia, achou pousada numa estrebaria...

A PRIMEIRA
Tal historia é bonita, na verdade, e devia sabê-la a humanidade! Continua a contar-me, é mesmo bela e eu desejo também aprendê-la.

A SEGUNDA
Eis então quando viram, uns pastores que estavam a vigiar nos arredores, uma estrela que muito resplendia e para os lados de Belém seguia. Eles foram então ate a cidade e, revelando o Pai da Eternidade, acharam, numas palhas, o menino, cheio de graça, insonte, pequenino. Era Jesus esse menino, entendes? Ele era o nosso Salvador, compreendes?

A PRIMEIRA
E depois? E depois? Será verdade que, para redimir a humanidade, teve ele de morrer como cordeiro, pregado sobre os braços do madeiro?

A SEGUNDA
Ele foi reputado como ovelha e o coração enchendo de centelha do amor, que é vivo, edificante e forte, conquistou a vitoria sobre a morte e, para consumar a obra grandiosa de nossa redenção maravilhosa, levantou-se do tumulo silente quando, ao terceiro dia, toda a gente o aguardava, pois ele o predissera ao tempo em que entre os homens estivera!

A PRIMEIRA
Maravilha-me a tua historia! Eu quero, de coração arrependido e vero, seguir os mandamentos do Messias e acompanha-lo, enfim, todos os dias! Que hei de fazer, porém, para salvar-me e da profunda duvida livrar-me? Custa-me muito? É muito necessário ingente esforço?
                                                                                            
A SEGUNDA
Olha para o Calvário! Lá esta Jesus crucificado e exangue, derramando por todos o seu sangue! Quem nele crer se salvara ao certo e para o tal o céu se encontra aberto!

A PRIMEIRA
Eu creio!

A SEGUNDA
Fazes bem. A nossa vida é breve instante e passa, rapidamente, e a alma que busca a Deus em Jesus Cristo tem nascido de novo! Quem faz isto se torna em manancial e, de verdade cantando, voa para a eternidade.


Cantam um hino à escolha do grupo.

PEÇA: A ESTRELA DO NATAL

AUTOR: Arith Drummona Borges

(Para 5 crianças. Pode-se usar uma grande estrela com as palavras nas pontas ou cada um pode trazer uma estrela, com "Amor ao Próximo", etc., escrito em uma ponta da estrela.)
TODOS: Sabiamente alguém disse que a estrela do Natal tem cinco pontas (cada criança da então seu nome): "Amor a Deus", "Amor ao Próximo", "Cuidado", "Renuncia Própria" e "Prazer".

1. AMOR A DEUS — Disse Jesus: "Este é o primeiro e grande mandamento: Amaras ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento."
Deus é amor e quer que o amemos também. Ofertando-nos Deus o seu Filho, provou a grandiosidade do seu amor para conosco e para com a humanidade. Tal amor exige uma retribuição de nossa parte como prova de nossa gratidão. Das dádivas que os homens sábios levaram a Jesus, o ouro e a mirra simbolizam nossas possessões e renuncia e o incenso sugere nossas orações, que são a base da nossa comunhão com Deus.
Isto resulta do nosso amor ao grande Criador, Deus--Pai, a quem Jesus revelou. O espírito do Natal em nossos corações estimula-nos a amar grande e profundamente ao nosso Deus.
Amor dos amores vindo no Natal, Amor divino, que anjos e estrelas deram sinal. Louvemos a Deus, amor encarnado, amor sem igual, Na pessoa de Cristo, o único Filho do Deus eternal.
O amor de Deus é sem fim, que foi provado na cruz; Amou a ti e a mim, sacrificando Jesus.

2. AMOR AO PROXIMO — "E o segundo mandamento, semelhante a este é: Amaras o teu próximo como a ti mesmo." Se não amamos o nosso semelhante que conosco convive e que esta em toda parte do mundo, tanto menos a Deus, que não vemos. Se dissermos que amamos a Deus e o nosso próximo sem que este amor seja concretizado em ações, dificilmente será crido que o amor de Deus habita em nossos corações.

3. CUIDADO — Cuidado é a terceira ponta da estrela, porque, quando amamos uma pessoa, cuidamos do seu bem-estar e conforto. Conhecemos uma historia de duas crianças que amavam sua mãe. Uma dizia muitas vezes: "Eu amo a mamãe", porem ficava brincando quando ela a chamava, fazia muito barulho, esquecia-se de limpar os pés quando entrava em casa e negligenciava todas as pequeninas coisas. A outra, que não fazia propaganda do seu amor, estava sempre ocupada, pensando na maneira como agradar a mãe, fazia o que estava ao seu alcance para ajudá-la. Fazia tudo para concretizar esta expressão "eu te amo". Cuidado pelo nosso próximo é um habito tal como polidez e faz-nos estimados por todos. Começando com este Natal, experimentemos ser atenciosos e cuidadosos para com o nosso semelhante que convive conosco e que habita este grande mundo.
4. RENUNCIA PRÓPRIA — Cuidado é uma grande realidade cristã, que traz diante de nos os nossos semelhantes de outras terras de toda espécie e condições e move-nos a renunciar-nos por eles. A coisa de que eles mais necessitam é de Jesus Cristo. Há muitos que desconhecem o valor do Natal. Nós, que sabemos que Cristo morreu por todos e que veio achar os perdidos, devemos levar-lhes esta mensagem, embora tenhamos que nos sacrificar. Então, todos poderão amá-lo e servi-lo, reconhecendo assim o valor do Natal.


5. PRAZER — "Ao avistarem a estrela, ficaram extremamente jubilosos." Quando a estrela brilha realmente em nosso coração, sentimos em nós um grande gozo. Cristo é o único que promete dar-nos gozo e é o único que realmente pode fazê-lo. Certa vez disseram que Buda sorriu e que pela radiosidade do seu sorriso o mundo foi iluminado. Mas alguém disse: "Isto não é real." E a luz passou. Cristo, porém, nosso Mestre querido, disse: "Eu vim para que o vosso gozo seja completo." A religião cristã faz com que a criatura cante como fez Davi nos Salmos. O Novo Testamento começa com o alegre cântico dos anjos no tempo do primeiro Natal. A nota de gozo soou clara e forte através de suas paginas até a conclusão, que é um cântico de gozo e de prazer entoado por aquele que devotou seu amor a Jesus — João — que escreveu o precioso livro da Revelação. O gozo do Natal é nossa herança porque somos filhos de Deus através de Jesus Cristo. Repartamos esta gloriosa herança com os nossos semelhantes, afim de fazê-los felizes também.

Fonte: Livro Florilégio Cristão.

PEÇA: FESTEJANDO O NATAL DE JESUS.

Autor: Arith Drummond Borges

(Ouve-se ao longe um grupo de crianças cantando:)

Viva o Natal! Viva o Natal! De Jesus, o bom Senhor, Que veio a este mundo, Ser o nosso Salvador. Viva o Natal de Jesus! Viva o Natal de
Jesus!

(Musica do hino 30 do Cantor Cristão)

MARIO (sentado, lendo, ergue a cabeça e fala:) — Que ouço? Um canto angelical saudando o Natal de Jesus! Ah! Como sou feliz! No meu lar nunca se falou no Natal, ouço as crianças dizerem, no Colégio, que os seus pais fazem festa, que elas visitam os orfanatos, os asilos, que levam presentes... Como gostaria de fazer parte de um grupo de crianças que fazem todas essas coisas...

(Passa um grupo de crianças cantando: "Viva o Natal", etc.

Mario, parado, contempla aquele grupo, depois retrocede, chorando) — Ah! Quanto desejo tenho de fazer parte desse grupo de crianças, mas... sei que não me e possível...
(o grupo se aproxima de Mario e Roberto fala).

ROBERTO — Olá! Mario, que faz por aqui? Você hoje também não vai a aula? Nos não vamos porque temos que preparar os festejos do Natal. Queremos que ele seja bem alegre este ano!

SILVIO (dirigindo-se a Roberto) — Vamos deixar de muita conversa, "senhor" Roberto, daqui a pouco o Mario começa a dizer a toda gente o que pretendemos fazer!

ALVARO — Oh! Silvio deixe de ser tão indelicado, você não deve dizer isto do Mario!

ROBERTO (falando com severidade) — Silvio, Mario e muito meu amigo e, mesmo que o hão fosse, eu o trataria como estou tratando. Você esta esquecido do que aprendemos ha poucos domingos na Escola Bíblica Dominical? Vou repetir alguns versos, e você se recordará: "Amaras o teu próximo como a ti mesmo." "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei." "Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos maltratam."

ALVARO (interrompendo) — Imagine ainda mais que nos estamos preparando para celebrai' o aniversário daquele que nos mandou fazer todas estas coisas! Nem sei como você pode esquecer tão belas lições, Silvio!

MARIO (falando com ternura) — Não importa; sei que o Silvio fez isto impensadamente; ele tem bom coração!

SILVIO (abraçando Mario) — E verdade, Mario, você, sempre bondoso; -apesar de não ter as oportunidades que temos, demonstra boa educação e bons sentimentos!

ROBERTO (dirigindo-se a Mario) — Eu o vi aqui sozinho, Mario, e vim convida-lo para ir conosco ate lá em casa, ajudar-nos a preparar a árvore de Natal.

MARIO — Ah! Roberto, é muita honra para mim, eu sou tão pobre e quase nada sei a respeito dos festejos de Natal, nem mesmo sei direito a historia do Natal! Sempre tive desejo de saber, mas nunca achei quem me pudesse contar...

ALVARO (aproximando-se de Roberto) — Desculpem-me interrompê-los, Roberto, mas vou pedir-lhes licença para eu e o Silvio nos retirarmos. Vamos levar algumas coisas para casa, enquanto você conversa com o Mario, esta bem?

ROBERTO — Está bem, Álvaro, vocês vão na frente, daqui a pouco eu irei com o Mario.

SILVIO (aproxima-se de Mario e bate-lhe levemente nas costas) — Mario, desculpe a minha indelicadeza, aprendi uma boa lição!

MARIO — Nada há a desculpar, Silvio, tudo já passou, somos agora bons amigos!

SILVIO — Muito agradecido, Mario.

ALVARO E SILVIO (dirigindo-se para os dois companheiros) — Então, até já. (Saem cantando:) Viva o Natal!

ROBERTO (virando-se para Mario) — É verdade, Mario, o que você disse ha pouco? Nunca ouviu contar a bela historia do Natal?

MARIO (com voz de choro) — Não, os meus pais não creem em Deus e, todas as vezes que lhes faço alguma pergunta sobre o Natal de Jesus, só falta eles me baterem; dizem uma porção de palavras feias e me prometem pancada se souberem que eu pedi a alguém para contar-me alguma coisa a respeito de Jesus.

ROBERTO — Pois bem, Mario, vou contar-lhe, em poucas palavras, a encantadora historia de Jesus. Há muitos e muitos séculos passados, depois que Adão e Eva pecaram e foram expulsos do Jardim do Éden,
Deus prometeu mandar alguém para levantar o homem daquela queda. Depois disso, muitos homens, chamados profetas, profetizaram a vinda de Jesus. Um deles foi o grande profeta Isaias. Vou repetir algumas das suas palavras: "Porque um menino nos nasceu e um filho se nos deu; e o principado esta sobre os seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz!"

MARIO (interrompendo) — Quantos nomes, e cada qual mais lindo do que o outro! Que coisa interessante!

ROBERTO — Ele ainda tem outros nomes tantos, mas isto depois você aprendera. Vou continuar a historia porque temos que trabalhar muito ainda hoje. Para encurtar: muito tempo se passou depois daquelas profecias. E lá, num belo dia, na humilde manjedoura de Belém, entre as palhas frias, veio a Criança Salvadora da humanidade. Era noite. Toda a cidade de Belém estava em completo silencio! Os pastores nos campos dormitavam, enquanto guardavam os seus rebanhos. De súbito foram despertados por uma forte luz e por um cântico celestial entoado pelos anjos: "Gloria a Deus nas alturas, paz na terra e boa vontade para com os homens." Os pastores ficaram mui atemorizados com aquela linda visão. Então o anjo do Senhor chegou perto deles e disse: "Não precisam ter medo; porque eu venho trazer-lhes uma nova que igual jamais vocês ouviram. Hoje na pequena cidade de Belém nasceu Jesus Cristo, o Salvador da humanidade." Então o anjo ensinou-lhes como irem a Belém. Os pastores, pressurosos, partiram em direção ao lugar indicado pelo anjo e, lá" chegando, viram que realmente Jesus houvera nascido. Quanta alegria sentiram nos seus corações quando ajoelharam-se aos pés de Jesus para adora-lo! Voltaram então para o campo cheios de esperança porque o Salvador já havia nascido.

MARIO — Mas Jesus foi Salvador só do povo daquele tempo, Roberto?

ROBERTO — Não, Mario, ouça este verso das Sagradas Escrituras: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna"! Todos nos estamos incluídos na palavra "Mundo". Jesus morreu para salvar "todo aquele que nele crê", portanto, todos os que creem em Jesus serão salvos.

MARIO — Ora, veja, como é que os meus pais nada falam desse Jesus?...

ROBERTO — E a historia dele não parou por aqui, Mario. Jesus cresceu, foi batizado no rio Jordão com 30 anos de idade; três anos ele andou pela Palestina, fazendo o bem: pregando, curando os enfermos do corpo e do espírito, ressuscitando os mortos, ensinando, etc. Depois foi traído por Judas e crucificado pelos seus inimigos. La sobre a cruz, Jesus levou todos os nossos pecados. Quem deveria sofrer na cruz éramos nos, mas Jesus tomou sobre si todas as nossas culpas e hoje, para salvar-nos, basta apenas aceitá-lo como nosso Salvador.

MARIO — Você já o aceitou, Roberto?

ROBERTO — Sim, Mario, já! Ha dois anos que conheci esta bela historia. Amei muito a este meu Salvador e, cada vez que conto a sua historia, amo-o ainda mais! Todos nós devemos amá-lo de todo o nosso coração.

MARIO — Mas, Roberto, fico pensando, se eu amar este Salvador, os meus pais me abandonarão...

ROBERTO — Oh! Mario! Jesus disse que se alguém amar o pai ou a mãe mais do que a ele não é digno dele. Quem sabe se você, seguindo a Jesus, não poderá levar os seus pais a ama-lo também?

MARIO — É verdade, Roberto, quem sabe se eu, aceitando este Jesus, poderei tornar o meu lar feliz?

ROBERTO — Mario, foi assim que o meu lar se tornou feliz. Eu conheci Jesus e levei meus pais a conhecê-lo também. Vou dizer-lhe uma coisa: Amanha você celebrara o Natal comigo, mas tenho a certeza de que para o ano, o Natal que vêm, você o celebrara em sua própria casa. Vamos trabalhar para levar os seus queridos pais a conhecerem Jesus e a aceitá-lo como Salvador !

MARIO — Que doce esperança, Roberto! Bendito Natal de Jesus! Só assim eu o pude conhecer e receber inspiração e coragem para fazer outros conhecê-lo também!


ROBERTO — Bem, Mario, agora, mãos a obra! Sempre confiantes em Jesus, venceremos todas as dificuldades e conseguiremos vitorias que aos nossos olhos parecem inatingíveis! Vamos sair depressa porque Silvio e Álvaro já devem estar cansados de nos esperar!

Fonte: Livro Florilégio Cristão.