terça-feira, 23 de dezembro de 2014

GPCD 19 Anos de Vitórias!!!


Agradecemos a Deus, nosso sustento, por nos conduzir a cada dia e por nos escolher para esta obra. Obrigado a todos os que fizeram e fazem parte desta história, que o Senhor os recompense a cada dia.
Foram muitas as lutas durante estes anos, no entanto, maiores foram as vitórias alcançadas... valeu cada lagrima derramada, cada esforço para realização dos trabalhos, cada renuncia, e cada momento que passamos juntos... Só nos resta a lembrança e a certeza de que fizemos uma grande obra. Um feliz Natal a todos!!!













quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Nasce uma Esperança - Musical de Natal

Prelúdio:
“Para Jesus ser enviado como o Messias prometido, era necessário o mundo estar em condições de recebê-lo, isto é, ter chegado a plenitude dos tempos, como afirma Paulo em Gl 4.4. O mundo pagão atravessava o estado mais deprimente que a sua moral já havia atingido. Estava mergulhado na mais profunda vileza. A imoralidade, a prostituição e toda a sorte de luxúria havia chegado ao seu limite, atingindo todos os setores da vida social e religiosa da época. A lei era a força: o mais forte prevalecia sobre o mais fraco. Os povos e as raças se desentendiam e as guerras consecutivas eram o resultado de uma vida desregrada, que produzia a violência.
O mundo em geral, mesmo nas condições de vida no pecado em que vivia, anelava por uma revelação verdadeira, cuja luz viesse iluminar as trevas do pecado. Os próprios judeus, em sua maioria, viviam misturados com os gentios, mas aguardavam ansiosos a redenção, principalmente a libertação do jugo estrangeiro.”

Musica: Natal – Grupo Voices.

Narrador 2: A terra estava angustiada e sombria. Deus havia planejado um tempo em que uma luz de alegria e paz viria para brilhar no meio das trevas.

Narrador 1: O povo que andava na escuridão viu uma forte luz; a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas.

Coreografia do hino: Sem Limites – Aline Barros.
Narrador 1: Tudo começou antes que o mundo existisse, quando Deus decidiu vir à Terra em forma humana e escolheu o modo natural, ou seja, através de um bebê.

Entra Maria. Após, entra um anjo.
Narrador 2: Deus escolheu uma virgem da cidade de Nazaré chamada Maria. E enviou um anjo que disse a ela: “Alegre-se Maria! O Senhor esta com você! Ela ficou admirada pensando no que o anjo queria dizer. Então ele continuou: “Não tenha medo, o Espírito Santo virá sobre você, ficará grávida e dará luz a um Filho que se chamará Jesus. Ele vai ser um grande homem e será o Filho do Deus Altíssimo”.

Hino: Maria – Fernanda Brum – CD Celebrando o natal.

Narrador 1: Algum tempo depois, José, ao ficar sabendo que Maria estava grávida, decidiu-se separar dela em segredo. Era um homem justo e não queria que sua prometida sofresse a vergonha pública de ser abandonada. Mas, naquela mesma noite, um anjo apareceu em sonho.

Entra José e logo após o anjo.

Narrador 2: O anjo então falou: - José, filho de Davi. Não tenha medo de casar com Maria e levá-la para sua casa, pois o filho que ela leva em seu ventre foi concebido pelo Espírito Santo. Ela dará a luz um menino aquém vocês chamarão de Jesus.

José levanta-se e sai pela porta lateral.

Narrador 1: E José despertando do sono, fez como o anjo do Senhor havia ordenado.

Narrador 2: Quando chegou a época de Maria dar à luz, ela e José tiveram que fazer uma viagem a Belém devido o recenseamento.

Entram José e Maria pela porta da frente.

Narrador 2: Quando chegaram, não encontraram nenhum lugar para se hospedar. Se refugiaram, então, em um estábulo. E ali nasceu Jesus. Maria o envolveu em panos e o deitou em uma manjedoura.

Música: Cristo nasceu em Belém – CD – Celebrando o Natal.

Narrador 1: Perto dali, alguns pastores dormiam enquanto outros protegiam suas ovelhas. Naquela noite, o anjo do Senhor se apresentou a eles e a glória de Deus os iluminou.

Narrador 2: Não tenham medo! Eu trago uma boa nova, uma alegria para todo o povo, porque hoje nasceu o Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, na cidade do rei Davi.
Estes são os sinais: vocês o encontrarão envolto em panos e deitado numa manjedoura.

À medida que os narradores contam os fatos, a cena vai se desenrolando em outro plano.

Narrador 1: Nesse momento, apareceu uma multidão dos exércitos celestiais que louvavam a Deus.

Narradores 1 e 2: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade!

Narrador 1: Os pastores correram para a cidade de Davi e ali encontraram, em um estábulo, Maria, José e o Menino que dormia na manjedoura.

Inicia a música: Noite de Paz – Grupo Voices – entram os pastores pela porta da frente.

Narrador 2: Pouco depois do nascimento do Filho de Deus, alguns sábios do oriente viram no céu uma estrela que indicava a boa nova! Eles seguiram, então, para Jerusalém, com a intenção de encontrar Jesus, adorá-lo e render-lhe homenagem.

Inicia a música: Daí Louvores ao Rei – CD – Celebrando o Natal - Entram primeiro José e Maria, em seguida, entram os magos seguindo a estrela.

Narrador 1: O amor de Deus por nós foi revelado através do natal.
Jesus, o seu único e amado Filho foi nosso presente de amor.
De forma misteriosa e simples; miraculosa e divina, Deus demonstrou o seu amor através de um bebezinho que teve como primeiro berço uma humilde manjedoura.
Esta pequena criança iria mudar o mundo pra sempre.
Este bebê marcaria o tempo. Reis se curvariam aos seus pés. Alcançaria o pior pecador e salvaria a todo aquele que nele cresse.
A Grande promessa de Deus havia se cumprido...
... E o seu nome será: Maravilhoso, conselheiro, Deus forte, pai da eternidade e Príncipe da paz.

Música: Príncipe da Paz – Diante do Trono.

 Fonte: Bíblia Sagrada; Cantata de Natal - Alegria;  A vida terrena de Jesus - Armando Chaves Cohen - CPAD. 



A Testemunha - Peça Natal




"... Porque não havia lugar para eles na estalagem."

PERSONAGENS
JULIANA, a mãe

AUGUSTO, o pai

JASMIM, filha
KAMAL, filho

José, Maria e 3 pastores, apenas comporão um quadro, e não terão diálogo.

CENÁRIO - Uma casa pobre e rústica.

ACESSÓRIOS - Moedas e um jarro rústico.

INDUMENTÁRIAS - Túnicas compridas e mantos bem arranjados nos ombros dos homens e das mulheres. Variar os tons das cores. Todos usarão sandálias rústicas ou estarão descalços.
ILUMINAÇÃO - Além do sugerido, o grupo criará a seu modo, com bom gosto. 


Cena I
(ao acender as luzes, aparece Augusto e Juliana em um lugar mais elevado. Pode ser no púlpito)
Augusto, mal humorado – Apressa-te, mulher! Leva logo a bebida que os homens estão esperando.

Juliana, amedrontada – Não me demoro. Estou esperando que o carneiro esteja cozido.

Augusto, autoritário – Nada de esperas! Vamos de uma vez! Na adega está o vinho para levar-lhe. Você não passa de uma preguiçosa.

Juliana – Está bem, está bem... Mas sabes que não gosto de servir bebidas àqueles homens. Parecem salteadores...

Augusto – Mas precisamos de dinheiro e eles, mesmo que sejam salteadores, nos darão dinheiro, e isso é o que importa. Além do mais, você mesma deve servi-los, pois Kamal, nosso filho, está nos campos cuidando das ovelhas. (Juliana sai e Augusto fica contando suas moedas)

Augusto – Mulher estúpida! Como pensa ela que poderemos viver se nos faltar o dinheiro? (divaga) É mesmo preciso ter muitas moedas, milhares de valiosas moedas! Ainda serei o homem mais rico das redondezas. Em Belém hão de ouvir o meu nome! Ainda deixarei esta hospedaria, que não passa de uma espelunca, por um negócio mais próspero e lucrativo.

(entra Jasmim com um pote)

Jasmim – Sua benção, meu pai.

Augusto, aborrecido – Por onde andou, menina?

Jasmim – Fui até o poço, buscar água.
Augusto – Espero que seja mesmo verdade o que diz. Não gostaria de precisar espancá-la novamente.

Jasmim, amedrontada – Mas por quê?

Augusto, ameaçador – Ainda perguntas por quê? Pois bem, eu direi o motivo: um dos homens que traz a lenha para a estalagem disse ter visto a ti e Kamal em companhia de parentes de Isabel, essa mulher que alega ser temente a Deus. já disse muitas vezes para não se juntarem a esses que esperam as coisas caírem do céu. Céu é ter dinheiro, e para isso é que preciso trabalhar, ouviu bem?

Jasmim – Não fale assim, meu pai. Devemos respeitar a Deus, que é o Senhor do universo.

Augusto – Cale a boca, pequena. Mulheres foram feitas para permanecerem caladas, bem quietinhas, ouviu? (levanta a mão para Jasmim, mas a entrada de Juliana o interrompe.)

Juliana – O que é isso, Augusto? Por favor, não bata na menina outra vez! (muda a conversa, para aliviar a tensão). Olha, está aí um casal procurando hospedagem.

Augusto – Quanto poderão pagar?

Juliana, gaguejando – Na... na... não sei. Penso que são muito pobres, e...

Augusto, interrompendo – Pois que vão buscar outro lugar. Não quero saber de pobres que não têm como pagar.

Juliana – Mas meu marido, a mulher está quase a dar à luz um criança!
Augusto – Pois que morram! Você ainda quer arranjar-me problemas, mulher? Onde já se viu termos aqui uma criança a choramingar?

Jasmim, corajosa – Mas temos uma vaga nos aposentos ao lado, pai.

Augusto – Cala a boca! Vá, mulher, e diga que não temos lugar.

Juliana – Mas para onde irão, se após o decreto de César Augusto para que venham os alistar-se, a cidade está superlota?

Jasmim – Não encontrariam hospedagem em nenhum outro lugar. Kamal, meu irmão, disse que muitos dormem pelas estradas.

Augusto – Sabem de uma coisa? Eu estou farto de vocês com suas constantes lamúrias. Não quero que esses pobretões fiquem e é só! Vamos, Juliana diga-lhes que se retirem imediatamente! (grita) – Vamos, eu já disse! (Juliana sai apressadamente e em seguida Jasmim, após o olhar de ódio do pai.) Apagam-se as luzes.
Ao aceder as luzes, entram José e Maria. Ele se dirige a uma hospedaria. Música


Cena II

Kamal entra pela porta da rua

Kamal, gritando – Pai, Jasmim, minha mãe! Onde estão todos?
(sob luz fraca aparecem os familiares)

Augusto – Mas que gritaria louca é esta, Kamal? Não pode falar mais baixo?

Kamal, ofegante – Acendam as luzes! Tenho uma notícia maravilhosa!

Juliana, tocando o braço do filho – Kamal, meu filho, não consegui dormir durante a noite preocupada com você. Por que demorou tanto?

Kamal, sacudindo energicamente, mas com carinho a mãe, a abraça e, em seguida, aperta-a de encontro ao peito – Minha mãe, oh! Minha querida mãe! Não imagina o que tenho a dizer-lhe!

Jasmim, sorrindo – Pois fale logo meu irmão! Não nos deixe tanto tempo na expectativa!

Augusto, mal humorado – Imagino que se deve tratar de mais uma de suas bobagens.

Kamal, andando de um lado para o outro, demonstrando grande euforia – Meu Deus, eu nem mesmo sei como começar! É verdade: as palavras são tão pequenas para traduzir o fato inesperado e esplêndido que se passou comigo! Que indizível felicidade! (olha para Jasmim) Sim, minha querida, vou narrar o que houve. (respira fundo) Durante a noite, eu apascentava as ovelhas como de costume, com Zacarias e Elifaz, quando... (emudece de emoção)

Juliana, tocando o roso do filho – Vamos, filho, conte-nos!

Kamal – Apareceu-nos um anjo do Senhor!

Juliana e Jasmim – Um anjo?

Kamal – Sim! E a glória do Senhor cercou-nos de resplendor. De inicio ficamos temerosos, mas ele nos disse que trazia novas de grande alegria para o povo.

Augusto, irritado – Cale-se, Kamal! Você está louco.

Kamal, dirigindo-se com autoridade para o pai – Não, meu pai, eu não estou louco e nem posso calar-me. (pausa) Pois bem, o anjo contou-nos que na cidade de Davi acabara de nascer o Salvador, que é Cristo, o Senhor.

Jasmim – Eu sabia! O Senhor havia colocado isto em meu coração.
(aparece em outro plano a cena da manjedoura)

Kamal – O anjo ainda nos disse que como sinal acharíamos o menino envolto em faixas e deitado numa manjedoura. Depois, creiam, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais louvando a Deus e dizendo:

Voz dos anjos: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra aos homens, a quem Ele quer bem”.

Kamal – Então fomos até Belém e tivemos a graça de ver o que o anjo nos anunciara.

Juliana – Mas que grande benção, meu filho! Sabe, enquanto você fala tenho a impressão de ver tudo o que aconteceu. E tenho em meu coração que o Messias é nascido daquela mulher que esteve com o marido a procurar hospedagem em nossa porta.

Jasmim – Também penso o mesmo, minha mãe. (abraça o irmão) Oh! Kamal, como estou feliz! (olha para o pai) Meu pai, o que se passa em seu coração?

Augusto – Estou imensamente amargurado. Eu não sou digno de ter ouvido tudo isso.

Kamal – Como não é digno, meu pai? Todos temos o direito à salvação através da vinda do Filho de Deus.

Augusto – Todos não, eu nada mereço. Sempre fui um patife da pior espécie!

Juliana, aproximando-se do marido – Pois é o momento agora de arrepender-se, Augusto. Belém abriga hoje o Filho de Deus, que veio salvar-nos de nossos pecados.

Augusto, arrependido – Como pude ser tão hipócrita, meu Deus! negando hospedagem a um pobre casal deixei de ter aqui nesta casa o teu Filho, Jesus?... ajoelha-se, chorando – Perdoa-me, Pai eterno, perdoa-me!

Kamal, tomando as mãos do pai e ajudando-o a levantar – Levante-se, meu pai. Tenho certeza de que as portas do céu foram abertas agora para o senhor.

Augusto – A partir de hoje, a nossa hospedaria estará aberta a todos. O meu coração, como a hospedaria, estará aberto para a humanidade. Os pobres, os angustiados, os fracos, os filhos de Deus espalhados por toda a terra!
Apagam-se as luzes.

Fonte: Jograis e Representações Evangélicas Vol. 1 (Maria José Resende),  Editora CPAD


domingo, 27 de julho de 2014

Cristãos perseguidos.



Este símbolo em cor vermelha é a letra árabe "nun", a primeira letra para a palavra "Nazrani" (Nazareno). Tem sido pintada nos muros das casas de Mosul, Iraque, para que os cristãos sejam identificados pelos terroristas.

Oremos por nossos irmãos!!!
#WeAreN
#prayforChristians
#FreedominJesus
#persecutedchurch





terça-feira, 22 de abril de 2014

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Cristo Ressurgiu.

 
 
Supor não podiam, ao entrar no horto, em pranto,
Que a morte fora expulsa e vencida.
os discípulos, porém, naquele recanto,
Encontraram anjos anunciando a vida.
 
O Cristo, crucificado, ali fora sepultado.
Está morto, os inimigos afirmavam!
Deus não havia Seu Filho desamparado,
Os anjos, montando guarda, ali estavam.
 
Maria Madalena, e outra Maria
Foram ao sepulcro para ungir o Senhor,
E quando despontava o primeiro dia,
Ouviram esta nova: Vive o Salvador.
 
O triunfo da vida, foi a confirmação
Da obra mais sublime que o mundo já viu,
Completou-se a obra da nossa redenção,
Quando, triunfante, Jesus Cristo ressurgiu.
 
 
"Flores do Meu Jardim"
Emílio Conde.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Especial de Páscoa.




A Deus toda honra, glória e louvor pelos séculos dos séculos.
Vai ser uma benção em nome de JESUS!

Realização: Grupo Crescendo com Deus.
Assembléia de Deus - Congregação Ágape.
Endereço: Av.: Leonardo Fraga Mendonça S/N - Matinha-MA
Data: 20/04/14 às 19:00h



quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O Dia Sexto


Personagens:
Rafael
Jonas
Sara
Jane
Maria
Poliana

Indumentárias: Roupas brancas e faixas coloridas que estarão no chão.

Ao inicio da peça todos os componentes estarão deitados em posição fetal.
Narrador, às escuras – “E disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine os peixes do mar e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; macho e fêmea os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: ‘frutificai, multiplicai-vos e enchei a terra, sujeitai-a, dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves do céu. E todo o animal da terra, toda árvore que dá semente e todo o fruto da árvore ser-vos-à para mantimento.’ E viu Deus tudo quanto tinha feito e eis que era muito bom. E foi a tarde e amanhã o dia sexto.”

Após a narração acende-se as luzes e os personagens vão levantando lentamente como se estivessem nascendo. Aos poucos vão descobrindo as suas mãos, pernas, rostos etc. descobrem também o lugar onde estão.

Rafael, tocando o braço de Jonas – Você! Quem é você? Por que estamos todos aqui?

Jonas – Não sei. Sei apenas que existo.

Sara, muito feliz, observa as mãos – Mãos... eu tenho mãos! Posso tocá-las, posso dar bom dia! (com a mão direita espalmada ao alto, cumprimenta os outros em cena.) Bom dia!

Jane, repetindo – Bom dia! É bom falar-lhes assim, agora que estamos todos aqui.

Maria, olhando à sua volta, e descobrindo – Este é o nosso primeiro dia – o dia primeiro da criação dos homens.

Poliana – Mas terá havido outros dias antes deste?

Rafael, rindo – Ora, mas certamente. Isto é o que se chama tempo. Algo dentro de mim fala da existência de outros dias antes de nós.

Sara, alegre – Vejam em que lugar maravilhoso nós estamos(olhando admirada à sua volta) montanhas imensas, vales verdejantes... flores belíssimas de todas as cores: rosas, margaridas, sempre vivas, jasmins, tantas!

Jonas – E o sol, lá em cima a todos iluminando. Imenso carro de Osíris em sua eterna caminhada...

Jane, para Rafael – Você falava da existência de outros dias antes de abrirmos os olhos para a vida. Acho que era os dias em que o Criador enfeitava a terra de árvores e flores, os dias em que cuidava do sol, da lua e das estrelas...

Poliana – Sim, e também criava os animais!
(Rafael sai para o meio do público como passeando).

Maria – Animais... Sim é verdade. Eu já vi alguns deles aqui na floresta. São tigres lindamente pintados, pássaros de mil cores, elefantes, búfalos! Hoje vi enormes búfalos e eles não fazem mal a ninguém.

Sara, rindo – É engraçado como já sabemos os nomes de todas as coisas como se, as palavras já existissem antes de nós, não é mesmo?

Rafael, voltando apressado para o meio de cena – Ei, vocês não imaginam o que descobri por detrás daquelas montanhas.

Jonas – O que foi homem? Que alegria é essa?

Rafael, quase atropelando as palavras – O mar... eu vi! Pude vê-lo com meus próprios olhos; o mar reinando em seu azul.

Poliana – Azul? Então quer dizer que o mar é azul? (encantada.)

Rafael – Sim! Quer dizer, embora também pareça verde, às vezes. Depende do modo em que o olhamos.

Sara – E o mar estava sozinho?

Rafael – Não; claro que não. O mar nunca está sozinho. Haviam as gaivotas muito brancas e barulhentas, que cantavam à sua volta. Mas não era só as gaivotas. Eu vi peixes aos milhares... e até as baleias, que são imensas! (eufórico) Vocês precisam ver as baleias! Elas são como donas dos mares e creio que morarão para sempre naquelas águas.

Maria, alegre – Então vamos todos ver o mar! O que estamos esperando?
(viram-se de costas, mãos dadas, e em seguida voltam-se de frente outra vez, rapidamente. Olham para a platéia que consideram o mar.)

Jane e Rafael – Vejam, chegamos! É o mar!
(soltam-se e começam a expressar gestos de enfiar os pés na água, lavar o rosto, jogar água uns nos outros, alegremente, como crianças.)

Sara – Silêncio! Vamos ouvir o que dizem as ondas, elas estão fazendo um barulho como se cantassem.

Todos, cantam alegremente o hino 124 da Harpa Cristã 1ª e 5ª estrofes:
“Adorai o Rei do Universo/ terra e céus, cantai o seu louvor!/ todo o ser no grande mar submerso,/Louve o Dominador!/
Todos juntos o louvemos!/Grande Salvador e Redentor!/ Todos o louvemos!/Régio Dominador!/
Altos cedros! grama verdejante!/ Esta sinfonia aumentai!/Aves, vermes, todo ser gigante,/Gratos a Deus Louvai!”

Rafael – As ondas falam do Criador, aquele que começou todas as coisas.

Jane – Eu gostaria... sim, gostaria de conhecê-lo.

Jonas – Eu também, e creio que todos nós gostaríamos de conhecê-lo, mas acontece que Ele está sempre entre nós. A paz e a união que temos é o que prova a sua presença. Apenas não podemos enxergá-lo porque a nossa visão é limitada.

Rafael – O amor entre nós é a presença do Criador. Não mais sentiríamos a sua presença se nós nos dividíssemos; se o nosso coração não fosse um só. E saibam: toda a natureza também nos fala de Deus.

Jane e Maria – “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de suas mão.”

Sara – “Um dia faz declaração a outro dia e uma noite mostra sabedoria a outra noite...”

Jonas – “Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes...”

Poliana – “A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma.”

Rafael e Poliana – “Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste...”

Maria – “As aves do céus e os peixes do mar e tudo o que se passa pelas veredas dos mares...”

Todos, com as mãos elevadas para o alto:
- “O Senhor, senhor nosso, quão admirável é o teu nome sobre toda a terra!”
(cantam um corinho de mãos dadas e Jane sai, em seguida entra com um pão à guisa de bandeja.)  
Após o corinho, os personagens se assentam no chão em círculo. Entra Jane.

Jane, entra com um pão – Trouxe o pão, feito do fruto da terra.

Todos, em atitude de oração – Obrigado, Senhor, pelo pão.
(repartem o pão entre todos de modo alegre e sorridente.)

Sara e Rafael, chegando à frente – E eram assim (apontam para a reunião) felizes, antes do conhecimento do pecado.

Maria e Jonas, levantando-se com os demais – E então Deus passeava no Jardim do Éden...

Todos, tornando-se muito sérios, e ficando de frente para o público – Mas houve um dia, um dia diferente de todos os outros dias!

Poliana – O dia em que o mal penetrou no coração do homem. (viram de costas uns para os outros, dois a dois, ficando de lado para o público.)

Rafael, ainda na mesma expressão corporal – E, tendo pecado, afastou-se com isso o homem de Deus! (colocam em seguida as faixas que estavam no chão, para dar a idéia do símbolo do pecado que lhes manchou a roupa.)

Jane – Ao oriente do Éden, o homem levava o sinal de Caim e a marca do medo. (sentam-se no chão, cabisbaixos e tristes, ficando de pé apenas o que dirá o poema, e Jonas que sai de cena, cabisbaixo.)

Sara (ou outro componente) – Principalmente agora Senhor, é que sinto a tua falta;
Na hora de angustia e medo é que percebo, o quanto estou sozinha.
Só agora percebo, e me parece tarde, que estamos – Criador e criatura – separados!...
A tua ausência, Pai, é perder, estando vivo, a própria razão de viver!
Tudo perdi, perdendo eu a ti.
E agora, Senhor, ferida aberta na alma, sou apenas uma enorme sede do teu imenso amor.

Poliana, levantando-se alegremente – Mas, não! Deus não abandonou o homem ao seu próprio destino... Cristo veio habitar entre nós! (levantam todos as mãos para o alto em atitude de louvor e alegria, e permanecem em estático por alguns segundos e, em seguida, começam a representar “O Cego de Jericó”.)

Maria, animada – Dizem que Ele, o Cristo, passará hoje por aqui, de caminho para Jericó!

Rafael – É mesmo verdade? O Mestre pisará por estes caminhos? Onde ouviu a noticia?

Sara, interrompendo alegremente – Ora, não se fala em outra coisa na cidade. Também ouvi hoje cedo, no mercado.

Poliana – Dizem que Ele virá com uma grande multidão, que o acompanha sempre, por onde quer que vá!

Jane – Então poderemos vê-lo? Mas isto é magnífico!

Rafael, muito emocionado – Lá está! (aponta para a porta da rua) É o Mestre! O Messias, que caminha entre o povo.

Jonas, um cego, entra pela porta dos fundos, tropeçando e caindo – Onde? Onde está Ele? (grita) Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Senhor, pois quero ver a luz do sol; toca os meus olhos, filho de Davi!

Todos, estendendo as mãos para Jonas – Vê, a tua fé te salvou!

Jonas, pulando de alegria – Eu vejo! Eu vejo!!! Estou curado. Eu vi o rosto do Mestre Jesus e agora verei o sol. (ajoelha-se.) “Louvado sejas, Deus! Oh! Senhor, obrigado. Louvado sejas!”

Todos, cantam um corinho bem alegre, depois espalham-se pelo público, com o semblante sério.

Rafael – O Cristo esteve entre os homens curando enfermos e ressuscitando mortos.

Poliana – Mas veio principalmente para conduzir os homens ao Céu.

Jane – Veio para o que era seu e os seus não o receberam.

Sara – E retribuíram o seu imenso amor com uma pesada cruz!

Todos – A cruz que o conduziu ao Calvário. (retornam ao centro de cena curvados, cabisbaixos e tristes.)

Rafael, com as mãos para trás – “Senhores, o que é necessário que eu faça para me salvar?”

Todos, muito alegres – “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa.”

Sara, indecisa – Mas ainda hoje, nos dias dos foguetes interplanetários?

Rafael – Sim, hoje nos dias das grandes conquistas espaciais.

Jonas – Agora mesmo estão acontecendo maravilhas nos laboratórios científicos...

Jane, sem esperança – Não, eu não creio que a mensagem de Cristo seja a mesma hoje em dia. As nações disputam o domínio da terra e prevalece o mal contra o bem.

Todos, animados – Ainda hoje sim! – Cristo é o mesmo eternamente!

Maria – Desde a criação, desde o momento primeiro Ele é o mesmo!
Poliana – Mesmo antes que existissem as estrelas no firmamento e antes que a relva crescesse no chão.

Sara – Ele reina sobre os mares, os céus e a natureza inteirinha.

Rafael – E voltará um dia! E todo joelho há de dobrar-se diante dele.

Jonas – Sim, há de voltar! E o povo que é seu o aguarda ansiosamente. (tiram as faixas e jogam pelo chão.)

Poliana – Quem é esse povo de que falas? Estes que estão vestidos de branco, quem são e de onde vieram?

Maria – Os vencedores! Eles serão vestidos de vestiduras brancas e seus nomes não serão riscados, nunca, do Livro da Vida!

Todos, apontando para o público – Vistam depressa de branco os seus corações! De branco como a neve. Aceitem Cristo, que não tarda a voltar!

Fonte: RESENDE, Maria José. Jograis e representações evangélicas. CPAD. Vol. I.
Foto: Arquivo pessoal - GPCD