A fome afeta uma sexta região da Somália e a situação se agravará nos
próximos quatro meses, já que a ajuda humanitária não aumentará, anunciou a ONU
nesta segunda-feira.
O limite da fome foi superado ante a desnutrição aguda e o índice de
mortalidade registrado na região de Bay, sul da Somália, em consequência de uma
seca devastadora no Chifre da África, destacou a ONU.
"Se o nível atual de resposta (a crise humanitária) continuar, a fome seguirá
progredindo nos próximos quatro meses", adverte em um comunicado a Unidade de
Análises da ONU para a Segurança Alimentar e a Nutrição (FSNAU).
"No total, quatro milhões de pessoas estão em situação crítica na Somália,
das quais 750 mil correm o risco de morrer nos próximos quatro meses na ausência
de uma resposta adequada em termos de envio de ajuda", completa o texto.
"Dezenas de milhares de pessoas já morreram, sendo que mais da metade eram
crianças", recorda a FSNAU.
O estado de fome responde a uma definição estrita das Nações Unidas: pelo
menos 20% das residências confrontadas com uma grave penúria alimentar, 30% da
população com desnutrição aguda e uma taxa de mortalidade diária de dois sobre
10 mil pessoas.
A região de Bay, a última declarada em fome pela ONU, é controlada pelos
insurgentes islamitas shebab, assim como grande parte do sul e do centro da
Somália, e inclui sobretudo a cidade de Baidoa, uma das principais do país.
No total, 12,4 milhões de pessoas residentes no Chifre da África sofrem com a
pior seca em décadas e precisa de ajuda humanitária, segundo a ONU. A Somália é
o país mais afetado em consequência da guerra civil iniciada em 1991, que
destruiu boa parte das infraestruturas e dificulta muito o acesso ao centro e ao
sul do país.
Fonte: Terra Brasil.
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5330857-EI17615,00-ONU+fome+na+Somalia+se+agravara+nos+proximos+quatro+meses.html
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